Aprendendo com as diferenças
Este espaço virtual é um trabalho de conclusão do curso "Educação para a Diversidade e Cidadania", que tem como maior objetivo, nos inserir no mundo das novas tecnologias educacionais, proporcionando trocas de experiências, confronto de ideias e busca por novos conhecimentos. No curso desenvolvemos diversos questionamentos e atividades a fim de reletirmos sobre o real papel da educação inclusiva e para todos. Espero que ao visitar este blog compreenda um pouco do trabalho desenvolvido.
terça-feira, 19 de junho de 2012
EAD – AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM / FERRAMENTAS DE COMPARTILHAMENTO E MÍDIAS
terça-feira, 30 de março de 2010
Durante o estudo desta unidade refleti ainda mais sobre a importância da Educação Ambiental e o quanto este tipo de trabalho contribui para a formação do ser integral. Como realizo atividades voltadas para essa proposta, não tive dificuldades em compreender o tema e relacioná-lo à minha prática. O grande entrave foram alguns problemas pessoais que me impossibilitaram de desenvolver as atividades propostas no tempo pré-determinado.
Módulo 4 - Unidade 2
Nesta unidade desenvolvemos a leitura e questionário sobre os temas abordados no texto, relacionando-os à análise de materiais didáticos ou não.
Porém, não gostei muito da atividade. Achei muito tradicional e pouco reflexiva. Acredito que poderia ser sugerido uma atividade mais envolvente, de planeja mento de atividade a ser desenvolvida. Mas aprendi muito com os textos.
Módulo 4 - Unidade 3
Aprendi muito com os textos e com o tipo de trabalho proposto inicialmente - Enciclopédia virtual. Foi muito enriquecedor.
Módulo 4 - Unidade 4
Neste último trabalho, me senti bastante angustiada e reconfortada ao mesmo tempo, porque mexeu num ponto doloroso ao qual estou vivendo este ano. Tenho alunos de inclusão e estou sofrendo muito para lidar com a situação devido ao respaldo escasso que recebo acerca das dificuldades do dia a dia da sala de aula. Ao mesmo tempo, ao perceber que o que vale mesmo é luta do professor em conseguir o melhor e proporcionar o melhor aos seus alunos, acredito que estou no caminho certo. Sei que durante este ano, vou mais aprender do que ensinar, mas espero do fundo do meu coração, que as minhas contribuições aos meus alunos sejam valiosas e que eles a levem para o resto de suas vidas.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Quilombolas; vida e cultura dos remanescentes dos Palmares
14h00, 20 de novembro de 2005
Fabiano Di Pace; João de Almeida; Priscylla Régia - Colaboradores
Em seu auge o Quilombo dos Palmares abrigou mais de 20 mil negros oriundos das fazendas vizinhas, abrangeu uma área de 350 Km² que hoje faz parte de dois estados. Organizados numa confederação de mocambos – agrupamentos de escravos fugidos – e liderados por um líder que marcaria a história brasileira: Zumbi; resistiu a 66 expedições militares tanto de holandeses quanto de portugueses por mais de 100 anos, de 1596 até seus últimos combatentes serem derrotados em 1725.
Eles viviam da caça, pesca e agricultura. A luta épica da liberdade protagonizada por africanos escravizados buscando resgatar sua realeza é sempre lembrada como um dos grandes marcos da história universal. O primeiro grito por liberdade nas Américas.
A TERRA
Hoje, ao subir a Serra da Barriga, em União dos Palmares, mais de 300 anos depois da passagem de Zumbi, sente-se a melancolia do abandono do sítio histórico andando lado a lado com a força da história, “Assim que coloquei os pés nesta terra senti uma força incrível, a força daquele povo guerreiro”, refletiu Maria da Silva que trabalha como empregada doméstica em Maceió. “Não conheço bem a história, mas sei que eles lutaram por liberdade e para isso não precisa de escola para entender”, reforçou.
A Serra da Barriga encontra-se tombada pelo Governo Federal como área de preservação ambiental, mas pouco se tem feito para a preservação do local que segue em clima de abandono. “Visitei a serra da barriga há dois anos atrás na época em que o presidente Lula veio para cá e me deslumbrei com a beleza da paisagem, hoje vim com um grupo de amigos e me decepcionei com o desleixo que encontrei tudo parece estar em ruínas”, desabafou a historiadora Lenir Soares, que visitava o local com um grupo de professores.
A estrada para o alto da serra convida apenas os mais aventureiros para enfrentá-la. Linhas irregulares de estrada calçada, aliada a largura insuficiente que em alguns trechos mal comportam um carro desafiam os turistas dispostos a conhecer suas paisagens. A estrutura para a vocação turística da Serra da Barriga encontra-se estagnada a espera de verbas e do cumprimento de promessas antigas feitas ao povo da região.
Da base ao topo encontra-se um grande número de famílias que estão em situação irregular, devido ao tombamento da serra como patrimônio histórico. Algumas destas famílias residem naquele sítio a mais de 50 anos sem ter o reconhecimento de que são descendentes dos quilombolas.
Os moradores resistem à idéia de abandonar a terra e já rejeitaram propostas de indenização feitas no passado. De acordo com representantes do Incra a questão não envolve diretamente o órgão, sendo da competência da Fundação Palmares, e só irá interferir no caso de recolocação destas famílias para outras terras.
Descendo a serra, a cerca de seis quilômetros do centro de União dos Palmares encontra-se o povoado de Muquém, formado por descendentes dos quilombolas que um dia dominaram a região, um povoado simples que em pouco difere de outras comunidades pobres encontradas aos montes no País.
Cercada por fazendas a comunidade luta para ter a posse de suas terras garantida. Ela já foi reconhecida como descendente dos quilombolas, mas a titulação da posse das terras esbarra em alguns problemas jurídicos. A terra deve ser de propriedade coletiva impedindo a venda ou arrendamento, sendo sempre passadas de pai para filho.
“O problema está no fato de que alguns moradores compraram terrenos dentro da região demarcada e terão que abrir mão da posse para que o processo seja concluído” esclarece Katiusca Mendes, asseguradora do Programa de Regularização Fundiária nos Territórios Quilombolas. A Associação dos Moradores de Muquém requisitou um intervalo para que a decisão sobre o fato fosse tomada internamente. Os cerca de 180 hectares que compreendem o povoado permanecem como uma ilha cercada de latifúndios por todos os lados.
A MULHER
Ao abrir a porta de sua casa a artesã Irinéia Nunes mostra com orgulho suas obras expostas em sua sala de estar transformada em estúdio. É no mesmo local que produz artesanato em argila que já concorreram a um prêmio oferecido pela Unesco tendo seu trabalho exposto no Rio de Janeiro e em outras cidades do País.
“Aprendi a esculpir com a minha mãe e ensinei ao meu marido”, revela Irinéia, falando sobre sua arte. “No começo produzia apenas utensílios domésticos, como panelas e jarros, que era o que a minha mãe fazia, com o tempo comecei a criar obras para decoração como abajures e estátuas”, disse.
O processo de elaboração dos objetos é feito de forma primitiva, à argila é retirada da terra própria do Muquém, umedecida e preparada para trabalho. Depois de passar pelas mãos dos artesãos e posta para secar a obra é colocada no forno para sua finalização.
No passado a madeira utilizada para queimar o barro era retirada de terras improdutivas nas imediações da colônia, que atualmente encontra-se em mãos de antigos trabalhadores rurais, obrigando os artistas a comprarem a madeira em fazendas vizinhas a um custo de aproximadamente R$ 600 por ano. As peças são vendidas pelos escultores a preços que variam de R$ 3 a R$ 70, podendo chegar ao triplo deste valor ao serem revendidas na capital.
A LUTA
Depois de lutarem por sua sobrevivência e liberdade os descendentes dos quilombos hoje lutam por melhores condições de vida e por sua identidade cultural. Dilemas que atingem toda a população negra brasileira.
Problemas que atingem a comunidade, como ausência de postos de saúde e de escolas acarreta em um alto índice de analfabetismo, doenças contagiosas e sexualmente transmissíveis. Moisés Santana coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) explicou que existe um projeto educativo que buscará desenvolver ações no campo de saúde conscientizando a população quilombola a respeito de doenças sexualmente transmissíveis especialmente a AIDS.
A discriminação ainda é uma realidade forte em Alagoas, a batalha dos quilombolas hoje acontece em outra frente, na luta contra o racismo e pela a inclusão social dos afro-descendentes. Os habitantes de Muquém sentem a força da história que carregam apesar de não conhecerem a história de modo formal, “Nos consideramos representantes diretos do povo de Zumbi e de sua história”, explicou Irinéia, entre lembranças de sua filha hoje morando no Rio de Janeiro e obras de arte inacabadas, “Seu exemplo inspira nosso povo a buscar uma vida melhor”, reforçou. Existem no Brasil 119 comunidades quilombolas oficialmente tituladas, nenhuma delas em Alagoas.
Fonte: Alagoas 24 horas (http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/index.asp?vEditoria=Reportagens%20Especiais&vCod=6261).

Os quilombolas e a relação com o ambiente e a sociedade
RJ - Quilombolas apoiam a criação de Reserva Extrativista na região da Costa do Sol
Fonte: EPTV em 10/02/2010
Observatório Quilombola ISSN 1808-6233 Realização: KOINONIA - Presença Ecumênica e Serviço.
Abaixo-assinado pede criação de área marinha em Búzios
Uma reserva extrativista, em fase de estudos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, entre os municípios de Casimiro de Abreu, Búzios e Cabo Frio, já mobiliza moradores, aqüicultores e remanescentes de quilombolas na chamada Costa do Sol do litoral Norte do Rio de Janeiro.
Eles entregaram um documento ao ICMBio, com várias assinaturas, apoiando a criação da reserva extrativista marinha no estuário do Rio São João.
A Associação Livre dos Aqüicultores das Águas do Rio São João (ALA) continua mobilizada e faz a coleta de novas assinaturas. Até aqui, os trabalhos de campo são coordenados pelo analista ambiental Fábio Fabiano.
Já foram realizadas duas audiências públicas. “Acreditamos que deverá ser dada mais atenção às comunidades pesqueiras do município de Rio das Ostras, pois apesar de haver uma mobilização negativa pela Colônia de Pescadores local, eles têm o direito de serem informados e esclarecidos quanto à reserva, pois é um direito deles e um dever legal do Governo Federal”, disse Fabiano.
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Diários do curso
Inicialmente gostaria de afirmar que estou tendo grandes dificuldades com o curso: tempo, motivação, compreensão da proposta. Acredito que os textos são muito bons, mas da maneira como as atividades são propostas, pouco crescimento quanto a interiorização dos conteúdos está sendo proporcionado.
Acredito que deveria haver um tempo maior de discussões, de realização do trabalho e um feedback do tutor antes da avaliação da atividade, possibilitando que o aluno revise sua produção, suas discussões e melhore.
Módulo 1
Unidade 1 e 2- Nesta unidade do módulo 1 desenvolvemos discussões acerca da Educação a distância e os novos rumos da educação, que possibilitou uma investigação e conhecimento da evolução dos processos educativos em torno da educação a distância.
Analisamos também o papel da educação, sua possibilidade de transformação do mundo ao qual vivemos e ainda a triste realidade a qual vivenciamos.
Módulo 2
Unidades 1, 2, 3 e 4 - Neste módulo tivemos contato com as questões referentes a diversidade, os valores, a educação e os direitos humanos.
Este módulo me fez pensar muito no papel da educação e nós educadores, o que realmente está acontecendo com a educação, os preconceitos e as discriminações existentes, os grandes entraves do cotidiano. E fiz uma relação entre o que acontece e as nossas possibilidades, buscando na ética universal e na "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, embasamentos importantes para a minha práxis.
O professor que baseia sua prática na concepção da ética universal defendida por Paulo Freire compreende que educar é uma forma de intervir no mundo e que compete ao educador compreender que seus alunos possuem muitos conhecimentos e vivências extremamente importantes para o processo ensino-aprendizagem e a construção de novos conhecimentos. Além disso, são capazes de aprender e ensinar desde que estejam inseridos num ambiente propício, aonde possam discutir, refletir, analisar e, principalmente, serem tratados como seres pensantes, atuantes e como iguais em seus direitos e deveres.
A prática docente nesta concepção trabalha por uma "PEDAGOGIA DA AUTONOMIA" (Freire). Os alunos desenvolvem sua autonomia no processo ensino-aprendizagem, encorajados pela postura ética, compreensiva e estimuladora do professor, que possui sua autoridade sem ser autoritário, já que pratica um convívio de liberdade aliada à responsabilidade, que sabe ouvir, compreender e atender os alunos no que for necessário.
A prática docente deve-se utilizar da mediação da linguagem construída na relação professor-aluno; devem-se colocar em jogo os conhecimentos prévios dos alunos, suas crenças, valores, o modo com vêem o mundo, suas linguagens.
É importante que o professor pense e proponha estratégias pedagógicas diversificadas que possibilitem diferentes formas de interação em sala de aula, na construção do conhecimento e da própria prática de ensino do professor. As atividades devem ser problematizadoras, devem estimular o debate, a reflexão e a discussão dos conceitos, conhecimentos e informações em jogo, pressupondo diferentes modos de compreensão e de produção/construção de conhecimentos.
Acredito que com uma postura de ética podemos construir uma educação e consequentemente, um mundo solidário, igualitário, justo, e muito melhor.
O professor deve estar envolvido, "da cabeça aos pés" e "dos pés à cabeça", com a vida educacional dos alunos e sua prática de ensino."Não há como pensar em EJA sem pensar em Paulo Freire"
Olá pessoal, é impossível pensar em EJA sem pensar em Paulo Freire, por este motivo decidi escrever um pouco sobre o que penso e enviar um vídeo que possibilita algumas reflexões sobre a importância do diálogo motivador na prática da EJA.
" A educação é um processo construtivo e de transformação. Se aprendemos, nos modificamos interiormente e consequentemente, nossas atitudes serão diferentes. Por ser um processo de construção, reflexão, análise, é impossível pensar em educação sem o diálogo.
A alfabetização de jovens e adultos é um trabalho muito difícil, porque o educando já possui estigmas, já tem problemas com a autoestima e desacredita, muitas vezes, que pode vencer os diversos obstáculos do caminho rumo à aprendizagem.
Está aí a importância do diálogo, o diálogo que aproxima, que motiva, que mostra avanços, que faz refletir, buscar, construir conhecimentos. Afinal, quando motivados enxergam possibilidades, lutam para vencer as dificuldades, gostam de estar aprendendo e ensinando, encontram o alívio de suas mágoas devido a angustiante dependência na qual viveram até então e, encontram a felicidade.
O educando é o sujeito de sua aprendizagem, sua cultura, e seus conhecimentos devem ser valorizados, transformados em diálogos reflexivos, motivadores e construtivos.
Como Paulo Freire dizia, "ao estar no mundo, o homem reflete sobre ele, sobre a realidade e sobre a natureza. Ao compreender a realidade, o homem tem condições de levantar hipóteses sobre o desafio desta realidade, assim como buscar soluções. Dessa forma, pode transformá-la com seu trabalho, criando cultura.
A educação deve desenvolver no homem o ímpeto de criação, uma prática de liberdade e não ser restritiva. O professor, na concepção de Paulo Freire, é um trabalhador social e deve ser um agente de mudanças, dialogando com seus alunos, despertando-lhes a consciência crítica. Ele deve enxergar o homem com quem trabalha não como objeto, mas como sujeito da educação." ( Material de apoio da NEAD/UFSJ - Alfabetização de Jovens e Adultos)."
Segue o vídeo ao qual falei. Dê uma olhadinha, tenho certeza que possibilitará boas reflexões.
Abraços!!!
http://br.youtube.com/watch?v=YbrHsTv4QA0&feature=related
A EJA E A SUA REAL CONDIÇÃO NA PRÁTICA ATUAL
A EJA é uma modalidade de ensino muito peculiar, com características próprias que devem ser muito bem analisadas e respeitadas.
Primeiramente, não há como pensar em educação de qualidade sem o respeito, a solidariedade, o diálogo, fundamentos estes pautados na teoria de Paulo Freire e nas Diretrizes e Parâmetros Curriculares.
Pontos positivos do trabalho de Paulo Freire e, consequentemente, do vídeo: Acreditar na capacidade do educando, oferecer-lhe oportunidade de evoluir, dar condições para que ele aprenda e ensine, que sinta-se capaz, motivado e caminhe além dos obstáculos.
Pontos negativos: O que vejo de negativo não é prática e a teoria de Paulo Freire, mas a falta de motivação que grande parte dos alunos da EJA possuem, que não se comparam, muitas vezes, aos depoimentos do vídeo, que mostram alunos motivados, persistentes, atuantes. O que me preocupa profundamente, é muitas vezes essa falta de motivação ocorre justamente pelo trabalho desenvolvido com esses alunos, a falta de uma prática dialética e motivadora. Penso que existem muitos problemas, mas temos poucas opções, enfrentamos com garra, coragem, dedicação, ética... ou nos omitimos de nossas responsabilidades, assistindo ao desastre da educação e da vida.
Espero que gostem!!! Fiz com carinho!!!
Elizângela da Silva Acósta de Souza